1 de outubro de 2007

:saudade

Não era certo sentir uma saudade tão ruim e dolorida de uma pessoa tão boa e doce.
Mas ela sentia.
Não que ele tivesse sumido, ido embora, fugido ou coisa que o valha. Nada disso. O caso era que agora eles não podiam se ver todos os dias como antes.
Um dia as responsabilidades de uma vida adulta que ambos não escolherem iriam chegar e porta adentro se instalar sem pedir licença e nem perguntar quanto custava ali se hospedar.
Ela ficou triste.
Não que fosse certo ficar triste. Não era. Ela o apoiava de todas as formas, aquilo já estava programado fazia tempo. O problema era a saudade que a fazia tremer de tanto chorar. Ela tentava não ficar triste na frente dele. Tentava se manter sorridente, mas não conseguia. Os dez minutos que tinha entre o trabalho e a faculdade dele não eram suficientes para a saudade que ela tinha de passar a tarde inteira juntos, falando besteiras, sorrindo, vendo filme ou qualquer coisa.
Mas ela o apoiava.
O amava tanto que só de pensar nele se arrepiava e as borboletas no estômago voavam com asas de garças.
Ela chorou quando escreveu esse texto.