4 de novembro de 2007

Ligado por palavras

Eu vivo tendo dó das pessoas. Simplesmente tenho pena. Vejo as pessoas na rua e sinto pena pelo o que pode ter sido o dia frustrante e cansativo delas. Não sendo um sentimento muito legal você simplesmente ter pena e não fazer nada para ajudar, acabo tendo peso na consciência de ter pena das pessoas. É um a coisa complicada.
É complicado quando eu não quero falar e o povo insiste em querer bater longos papos comigo. Sempre sou grossa e chateio os outros. Todo mundo deveria sacar quando a pessoa simplesmente não quer falar. Não sei se é preguiça, é só uma vontade de não falar. É estranho.
Sabe o que é estranho? A Bob Esponja da minha sala. Ela é feia e estranha. A menina parece uma porta de tão reta que ela. Reta assim, sem cintura mesmo. Reta! Ela sempre teve cabelo de velha. Sabe assim meio desbotado. Velha que esquece de pintar de novo e o cabelo perde a cor. Agora ela apareceu com o cabelo preto. Preto, não. Meio assim, castanho. Está tipo “Britney Spears no momento mais barango de todos os tempos”. Tá, maldade! (a Britney não merece).
Maldade é ter que agüentar aquele professor de editoração eletrônica toda segunda. Além de ser segunda, o que já agrava as coisas ao extremo, o professor é o extremo do chato. Não dá pra o porquê dele ser tão triste e sacal. Não rola de assistir aula com aquele cara falando mil coisas totalmente inúteis. Aí a gente começa a fazer o trabalho e ele muda de idéia trocentas vezes. E olha que o trabalho é nosso. É muita loucura.
É loucura a fome que as pessoas têm de saber da vida alheia. Tipo celebridades. Chegou-se ao cúmulo de eu abrir o site de um famoso jornal (sem propagandas não remuneradas) e ter lá bem grande na manchete: “Nasce Benício com 3kg e não sei quantos centímetros” (a manchete não estava escrita assim, mas (in)felizmente não decorei quantos centímetros o pequeno rebento nasceu). Ou seja, eles deduziram que os viciados em fofoca já soubessem que o nome do segundo filho de Angélica e Luciano Huck fosse aquele. Além de dar a ficha do nascimento do menino. Isso deveria importar apenas aos pais e aos amigos mais “íntimos”, tipo Faustão e Hebe Camargo. Chega a ser irritante.
O que é mais irritante sou eu querendo escrever esse texto ligando assuntos que não tem nada a ver um com outro por meio das últimas palavras de cada parágrafo. Patético, eu diria.